Pra quem é recém-chegado do mundo Windows, o conceito de distribuição (mais conhecido entre os usuários GNU/Linux como distro), pode parecer meio exótico. E pior, acabam confundindo distribuição com versão e, com isso, julgam que existam distribuições "mais novas" ou que sejam "atualizações" de outras distribuições. Só que, na verdade, não é bem assim.
Devemos entender distribuição como conjunto, pois elas nada mais são do que isso, um conjunto de softwares "empacotados" juntos. Explicando um pouco melhor, aquilo que chamamos de Linux, nada mais é do queo núcleo do sistema, tecnicamente conhecido como kernel. Falando de maneira bem genérica, é a parte do sistema que faz o "meio-de-campo" entre o hardware e o software. Uma explicação mais detalhada pode ser encontrada na Wikipédia (infelizmente em inglês pois o verbente em português está marcado para revisão, portanto, pouco confiável). Pois bem, o kernel sozinho seria de pouca utilidade para o usuário final, pois ele nada faria. Pra isso são criados os programas que funcionam "sobre" esse componente. Esses sim, são utilizados pelos usuários. São os interpretadores de comandos, interfaces gráficas, navegadores, editores de texto, etc., etc., etc…
Como a diversidade de aplicações para o GNU/Linux é ENORME (como parâmetro de dimensão, apenas na versão testing da Debian existem hoje, 27.296 pacotes disponíveis) esses pacotes podem ser combinados das mais diversas maneiras. É aí que entram as distribuições. Na prática, ao se criar uma distribuição, junta-se um kernel, mais uma coleção de pacotes e coloca-se isso de maneira organizada. As distribuições mais elaboradas incluem também um gerenciador de pacotes, que é uma ferramenta (ou conjunto delas) que gerenciam a instalação/desinstalação dos programas no sistema, de forma a evitar conflitos entre eles e facilitar a vida dos usuários. Assim, resumidamente, uma distribuição é:
kernel + programas + (opcionalmente) gerenciador de pacotes
Dessa forma, é possível elaborar distribuições tanto genéricas, que visem uma gama ampla de usuários, como específicas (por exemplo, distribuições voltadas para a área educacional ou para a produção multimídia). E existe MUITAS distribuições GNU/Linux. Considerando-se todas as derivações, temos atualmente mais de 150. E o número não para de crescer.
Para orientar os interessados, existe, na Wikipédia, uma "linha do tempo" que mostra a "genealogia" das distribuições mais famosas disponíveis atualmente (bem como aquelas que já desapareceram). Vale a pena dar uma olhada, nem que seja para entender um pouco da história das distribuições.
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